Crédito Pessoal – 4 Dicas para escolher a melhor proposta

Escrito por Conselhos do Consultor

13.03.24

}
4 min de leitura
Crédito Pessoal - Escolher a melhor proposta

O crédito pessoal pode ser uma solução para diferentes necessidades imediatas. Contudo, não deixa de ser um empréstimo e por isso é necessário escolher com cuidado a melhor opção.

O crédito pessoal pode ser usado na aquisição dos mais variados bens e serviços. Independentemente da finalidade do crédito, o importante é que saiba que este é um compromisso com um impacto significativo no orçamento familiar. Por essa razão, deve ponderar se os seus rendimentos são suficientes para assegurar o pagamento da prestação mensal. Depois, deve escolher o crédito pessoal mais vantajoso para o seu caso. Neste artigo apresentamos-lhe algumas dicas para encontrar o melhor crédito pessoal.

Como encontrar o melhor Crédito Pessoal

1) COMPARE DIFERENTES OPÇÕES

A primeira dica é a mais óbvia e a mais importante. Em qualquer crédito é importante comparar diferentes alternativas antes de avançar. Cabe a cada instituição financeira decidir quais as condições e taxas de juro a aplicar. Por isso, comece por pedir várias simulações.

As simulações devem ser idênticas, ou seja, devem ser para o mesmo montante e prazo de reembolso. Depois, deve comparar alguns indicadores como a TAEG , que expressa o custo total do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos associados ao crédito). As instituições financeiras vão disponibilizar a Ficha de Informação Normalizada (FIN) e é nesse documento que encontra os indicadores que deve comparar.

_

Leia também: FINE do Crédito à Habitação: que informações deve ter?

2) ATENÇÃO À TAXA DE JURO

Quando estiver a comparar diferentes propostas, um dos elementos mais importantes é a taxa de juro associada. O crédito pessoal tem a “fama” de ser um crédito onde são aplicadas elevadas taxas de juro. Por essa razão, deve procurar a proposta com a taxa de juro mais mais vantajosa. Na FIN, para além da TAEG que já explicamos, também vai encontrar a taxa juro anual nominal (TAN), que representa apenas o custo associado aos juros do crédito.

Importa ainda explicar que, desde 2010, foi criado o regime de taxas máximas, ou seja, um regime que limita as taxas que se podem aplicar nos créditos ao consumo. O Banco de Portugal publica essas taxas de forma trimestral para os diferentes tipos de crédito, onde se inclui o crédito pessoal. Neste momento, o limite é o seguinte:

Melhor Crédito Pessoal - Taxas Máximas

Taxas máximas aplicáveis no 1.º trimestre de 2024 (Instrução n.º 26/2023) e 2.º trimestre de 2024 (Instrução n.º 3/2024)

Pode consultar as taxas sempre atualizadas aqui.

_

Leia também: Subida das taxas de juro – E agora?

3) NÃO ACEITE QUALQUER PRAZO

A regra é simples: quanto mais tempo a pagar o crédito, mais juros e outros custos vai pagar, ou seja, mais caro ficará o empréstimo. Por isso, o prazo de reembolso é um fator a analisar com muita atenção. Pode ser tentador alargar o prazo para conseguir uma prestação mensal inferior, mas é preciso fazer contas. Um ano a mais faz toda a diferença no custo total do crédito.

Use o Simulador de crédito aos consumidores do Banco de Portugal para avaliar o impacto do prazo do reembolso nos juros a pagar.

_

Leia também: Crédito Pessoal para a entrada do Crédito Habitação: sim ou não?

4) CUIDADO COM AS COMISSÕES E OUTROS ENCARGOS

A contratação de um crédito pessoal também implica o pagamento de comissões. Essas comissões podem ser de análise, abertura do processo, entre outras. Estas comissões refletem-se no custo do crédito e deve usar a TAEG para comparar as comissões aplicadas pelas diferentes instituições.

Também é frequente que a instituição financeira sugira a contratação de outros produtos, como é o caso dos seguros. Em troca, são propostas algumas vantagens, como a redução da taxa de juro, por exemplo. Mais uma vez, deve fazer contas a perceber se é uma opção realmente vantajosa.

Há ainda outro alerta deixado pela DECO Proteste: alguns bancos “propõem juntar ao valor que solicitou os custos destas comissões, seguros e ainda o imposto do selo sobre a utilização do crédito. Opte por não juntar, pois irá estar a pagar juros sobre esse valor, o que irá encarecer o crédito no total”. Tenha atenção a este ponto.

_

O conteúdo apresentado não substitui a necessidade de consultar entidades especializadas no assunto.

Quer receber os nossos artigos em primeira mão? Junte-se ao nosso grupo de WhatsApp ou Telegram!

Siga-nos nas Redes Sociais

Para si | Artigos Recentes

Comentar

Outros Conselhos do Consultor

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *