5 dicas para quem quer se iniciar em fundos de investimento

Escrito por Conselhos do Consultor

16.11.18

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3 min de leitura



Se decidiu investir em fundos de investimento, aconselhado por algum amigo, gestor de conta ou simplesmente porque ouviu falar nos media ou internet, antes de colocar o seu capital neste tipo de investimento deve ter em conta e analisar pelo menos estes 5 pontos que acho que serão os mais importantes.

1ª – Conheça-se a si próprio, quais os objectivos em mente:

Sabe qual é o seu perfil de investidor?

Se bem que há uns tempos a trás tal não era obrigatório, hoje em dia o perfil de investimento é algo que já é pedido por algumas instituições financeiras na altura de abrir uma conta, digamos que é um teste com algumas perguntas e no fim fica a saber em que categoria de risco se insere, se é um investidor conservador, moderado, agressivo etc.

E o seu objectivo? Quais as suas metas? Precisa de as definir para melhor as poder  alcançar.

2ª –  Escolha o tipo de fundos:

Existem vários tipos de fundos, em Portugal temos instituições financeiras que chegam a ter mais de 3000 fundos disponíveis de várias gestoras.

De uma forma muito geral temos:

·         Fundos de mercado monetário que investem em depósitos a prazo e outros produtos de curto prazo;

·         Fundos de obrigações que investem em divida de empresas ou estados;

·         Fundos de acções que investem em acções de empresas;  

·         Fundos mistos que têm pelo menos as duas componentes, obrigações e acções;

·         Fundos Imobiliários que investem directamente em imóveis, ou indirectamente ( acções/obrigações) de empresas ligadas ao sector.

Tudo depende portanto do que definiu na primeira dica, se já tem o seu perfil e os seus objectivos definidos, fica mais fácil escolher os fundos .

3ª- Tenha atenção  às comissões:

Hoje em dia tudo e mais alguma coisa cobra comissões como bem sabemos.

Mas nos fundos de investimento temos algo particular, muito raramente os fundos têm comissões de subscrição ou comissões de resgate, e mais, não existe sequer um outro pagamento directo ao banco onde se tem o fundo, à gestora ou ao gestor que está a gerir o mesmo.

Mas poderá perguntar, ninguém ganha dinheiro com o capital que eu vou investir?

A resposta é sim, obviamente, esse rendimento para a gestora vem da comissão de gestão, só que esta comissão é cobrada à cabeça ao fundo e quando olha para o seu rendimento já vem deduzida da mesma, ou seja, você paga a comissão mas de uma forma implícita, não sai directamente do seu bolso, geralmente não tem de se preocupar com esta temática.

4ª- Olhe para o histórico dos fundos:

Quando falo em histórico, falo nas rentabilidades passadas, nos rácios de risco, no comportamento do gestor, etc.

É preciso ter em atenção como o fundo se adaptou nas várias circunstâncias de mercado, por exemplo, em 2008 tivemos dos piores anos nos mercados accionistas e obrigacionistas, como se comportou aquele fundo ou fundos que pretende subscrever em alturas maior stress de mercado?

Caíram menos ou mais que os restantes? Tiveram mais ou menos volatilidade que os parceiros de categoria?

A dica principal aqui é a seguinte, não desate a investir naquele fundo da “moda” ou naquele que está a render mais, é preciso entender o porquê de estar a subir e se de facto está de acordo com o seu perfil de risco, e nunca esquecer a velha máxima:

“rentabilidades passadas não garantem rentabilidades futuras”.

5ª – “Não teste a profundidade de um lago com os dois pés”

Esta frase é de Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo e investidor.

Isto para dizer o quê? não se atire de cabeça, siga o mais possível as dicas anteriores, mesmo que se sinta preparado teste aos poucos, não tenha receio de pedir ajuda se ainda não se sente 100% confortável, comece por fundos de investimento mais calmos, veja como pode tirar mais valia do relacionamento que tem com a instituição financeira, que ferramentas a mesma lhe disponibiliza para acompanhar o seu investimento.

Bom investimento

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