O que acontece à prestação do crédito à habitação se a Euribor ficar negativa

Escrito por Conselhos do Consultor

16.03.15

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2 min de leitura

A prestação da sua casa está indexada à Euribor, pode estar prestes a enfrentar uma situação insólita. A Euribor taxa tem vindo a descer dia após dia e aproxima-se cada vez mais de terreno negativo. A questão que se coloca desde já é saber como fará o banco o cálculo da sua prestação se a Euribor cair efetivamente para valores abaixo de zero
A DECO considera que a eventual descida da Euribor para valores negativos deve influenciar a variação da prestação do crédito à habitação. Neste caso, a Euribor negativa deveria ser refletida na taxa dos contratos, absorvendo parte do spread até ao limite do seu valor.
Alguns bancos não concordam. O Millennium bcp e o Montepio já adicionaram aos seus preçários a indicação que, no mínimo, consideram a Euribor nula. Ou seja, não cobram menos do que o spread.
Segundo o jornal Observador, o Millennium bcp está preparado para aplicar esta regra aos créditos antigos, mesmo que os contratos não prevejam limites, de acordo com fonte oficial do banco. O Montepio não esclareceu ao Observador se poderá aplicar a regra aos contratos antigos.
Embora o ActivoBank, que pertence ao grupo do Millennium bcp, não conceda atualmente créditos à habitação, também inclui no seu preçário a indicação que, no mínimo, cobram o spread nos seus créditos indexados às Euribor.
Mesmo entre os bancos, a decisão ainda não é uniforme. A Associação Portuguesa de Bancos, que representa a indústria bancária, não opina sobre a maneira correta de calcular as prestações quando os indexantes são negativos.
José de Matos, que preside à Caixa Geral de Depósitos, mostrou-se inclinado para a regra escolhida pelo Millennium bcp e pelo Montepio durante a última apresentação de resultados do banco estatal.

Numa dívida de 100 mil euros a 20 anos, se o indexante for de -0,31% e o spread de 0,29%, o banco amortiza 1,67 euros por mês ao capital em dívida em vez do cliente.
 
O spread de 0,29% esteve em voga a partir de março de 2006, quando esteve em curso uma “guerra” na concessão de crédito à habitação. Banco BPI, Barclays e Santander Totta foram alguns dos que promoveram essa margem.
 
No segundo modelo, defendido pela Deco, a taxa de juro mínima é zero. Por isso, a prestação a pagar é equivalente aos 100 mil euros a dividir pelas 240 prestações em falta (20 anos × 12 meses). Dá 416,67 euros por mês. 

Na terceira hipótese, que é defendida por alguns bancos, os clientes pagam, no mínimo, o spread. No caso anterior, a prestação resulta em 428,92 euros
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Fontes: http://observador.pt/especiais/euribor-negativa-obanco-vai-pagar-lhe-o-seu-credito-habitacao/
http://www.deco.proteste.pt/dinheiro/credito-habitacao/noticia/credito-a-habitacao-o-que-acontece-a-prestacao-se-a-euribor-descer-mais#

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