Novo ano, nova oportunidade para melhorar a gestão das suas finanças. Conheça 6 dicas que podem ajudar.
O fim de ano é sempre um momento de reflexão sobre o que aconteceu durante o ano e o momento para definir resoluções para o novo ano. A par de todas as áreas importantes, as finanças pessoais ou familiares também precisam de ser avaliadas e repensadas, especialmente quando algo não está a correr bem. Este ano 2022 ficou marcado negativamente pelo aumento do custo de vida, algo que prejudicou muitas famílias. Por essa razão, é ainda mais importante parar e avaliar o que é preciso melhorar. Se quer começar o ano 2023 a organizar as suas finanças, então aplique as 6 dicas que deixamos a seguir.
Organizar as Finanças em 2023 – 6 Dicas
1) Faça uma avaliação do ano 2022
Antes de definir o que precisa de fazer ou mudar, precisa de saber o que correu bem e o que correu mal. Para tal, pegue numa folha e responda a algumas questões como:
- Quais foram as despesas onde gastei o dinheiro? Foram todas essenciais?
- Quanto recebi e quanto consegui poupar? Poderia ter poupado mais?
- Que dívidas tenho por pagar?
- Relativamente ao ano anterior, 2021, estou melhor ou pior financeiramente?
Estas questões não servem apenas para averiguar o que correu mal, mas sim para ter a consciência da sua situação atual. Só assim é possível traçar um plano para o novo ano.
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2) Se ainda não tem, crie um orçamento familiar/pessoal
Esta é talvez a dica que mais encontra sobre organização financeira, mas é também das mais importantes. Ter um orçamento familiar permite-lhe ter uma visão 360º de tudo o que se passa com a sua vida financeira. O orçamento familiar permite-lhe anotar e controlar as despesas fixas e variáveis, o dinheiro que entra e sai e identificar oportunidades de poupança e investimento.
Por isso, se ainda não tem, está mais do que na altura de começar. Se por acaso já tem, então tente perceber se pode melhorar. No artigo “Como fazer e gerir bem um orçamento familiar” encontra todas as dicas que precisa.
3) Defina metas para o ano novo
Definir metas é também assumir um compromisso. Depois de saber exatamente como está a sua vida finaneira e o que é preciso mudar, então já pode traçar objetivos. Contudo, não adianta colocar coisas como “Poupar e ter mais dinheiro em 2023″. Isto é um objetivo demasiado vago. Por isso, habitue-se a especificar exatamente o que precisa de fazer, em quanto tempo e qual a estratégia a seguir. Deixamos a seguir três exemplos:
- Pagar a dívida do cartão de crédito até março. Como? Vou precisar de colocar de lado 90€ por mês. Para esses 90€ consigo tirar 50€ diretos do ordenado e os restantes 40€ das despesas que posso reduzir (menos um jantar fora, menos uma peça de roupa, menos uma viagem de carro, etc);
- Baixar a despesa mensal de combustível em 15€. Como? Evitar deslocações desnecessárias, optar pelos transportes públicos, partilhar boleias, abastecer quando existem baixas de preço ou promoções, etc;
- Diminuir a frequência semanal dos jantares/almoços fora (passar 5 para 3 vezes por semana). Como? Planear as refeições em casa para evitar situações em que não tenha o que cozinhar, optar por levar almoço/jantar para o trabalho, etc.
Os seus objetivos podem passar pela poupança, pelo aumento de rendimento e até pelo investimento. O mais importante é ter essas metas e tentar cumprir.
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4) Analise os contratos e serviços atuais
As ofertas do mercado vão mudando e os preços também. Por isso, é necessário perceber se pode encontrar melhores oportunidades para a sua carteira. Falamos por exemplo do contrato de telecomunicações, eletricidade, gás, água, seguros ou créditos. Por exemplo: com o aumento do gás em 2022, o Governo decidiu permitir que os portugueses mudem para o mercado regulado do gás. Já avaliou se lhe compensa mudar?
Se tem um crédito habitação, por exemplo, pode ser vantajoso transferir o crédito habitação para outro banco que lhe ofereça melhores condições. Isto é especialmente relevante com a atual subida das taxas de juro.
Os seguros são também uma despesa que costuma ficar esquecida na gaveta. Sabe exatamente quais são as coberturas dos seus seguros? Sabia que pode ter coberturas duplicadas? É habitual isto acontecer quando se tem diferentes seguros. Para além disso, é comum que, com o passar do tempo, deixe de fazer sentido ter algumas coberturas que aumentam o preço do seguro. Exemplo disso é a cobertura de partos no seguro de saúde. Se já não vai ter mais filhos, fará sentido ter essa cobertura?
Lembre-se que o mercado muda rapidamente e os comercializadores adaptam/melhoram as ofertas com muita frequência.
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5) Invista no seu conhecimento
O conhecimento vale dinheiro! Saber gerir o dinheiro não é apenas saber poupar. É preciso também pensar em formas de aumentar o rendimento mensal e de preparar o futuro. Investir algum dinheiro pode ser uma forma de garantir alguma estabilidade e aumentar o rendimento. Por exemplo: investir num Plano de Poupança Reforma (PPR) é uma boa forma de preparar a velhice.
Contudo, deve informar-se bem antes de avançar pois existem várias opções de investimento. Atualmente encontra muita informação sobre investimento em livros e vários canais online. Fazer um curso com especialistas na área é também uma boa opção.
A par dos investimentos, pode conseguir aumentar o rendimento com mudanças na vida profissional. Pode tentar um aumento salarial ou procurar por novas oportunidades. Também pode tentar obter algum rendimento extra com trabalhos pontuais.
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6) Conheça os seus direitos
Conheça os seus direitos, mantenha-se informado da legislação em vigor e das alterações aprovadas pelo Governo. Às vezes uma pequena mudança na lei pode fazer com que poupe algum dinheiro. E como sabemos que existe muita informação dispersa, o nosso conselho é que nos continue a acompanhar por aqui. Todas as semanas temos novos conteúdos sobre finanças nos diferentes canais:
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