A AMME nasceu com o objetivo de promover a simplificação do enquadramento legal que regula a comercialização de energia para a mobilidade elétrica.
A Associação para a Modernização da Mobilidade Elétrica (AMME) nasce para defender os interesses dos utilizadores de veículos elétricos. No portal da AMME, é possível ler que este projeto nasceu da interação entre utilizadores de veículos elétricos nas redes sociais e que que “contam com vários anos de experiência e participação ativa” em grupos e fóruns ligados à mobilidade elétrica. Como primeira iniciativa, a AMME propõe o fim da obrigatoriedade do uso da rede pública Mobi.E (a rede controlada pela Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica).
Em que consiste a proposta da AMME?
No portal da AMME é possível saber que a associação irá trabalhar segundo três objetivos principais:
- O fim da obrigação do uso da EGME (Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica) pelos intervenientes da Mobilidade Elétrica
- A liberdade de escolha de origem da energia na Mobilidade Elétrica
- A redefinição das regras de acesso aos espaços de carregamento
A proposta da AMME é então terminar com a obrigatoriedade do uso da rede pública Mobi.E e que, “quem queira vender energia para carregamento de veículos elétricos possa utilizar uma infraestrutura própria para o fazer, nomeadamente os seus próprios sistemas de autenticação, carregamento e pagamentos, sem ter que cumprir com a atual integração obrigatória à Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME)”.
A AMME explica esta necessidade com base em dois problemas atuais no atual modelo de comercialização de energia para mobilidade elétrica:
1) um utilizador de veículos eléctricos não tem forma de conseguir saber quanto vai pagar no seu carregamento antes de o efetuar, sem recorrer a aplicações móveis de auxílio que simulam – mesmo assim sem precisão absoluta – o custo desse carregamento; e
2) um promotor que queira instalar uma solução de carregamentos de veículos eléctricos específica para o seu contexto comercial (um conjunto de marcas de carros, uma oferta complementar de superfícies comerciais, ou uma comunidade local de produção de energia) não o consegue fazer sem ligar à EGME/Mobi.e, e, portanto, não consegue diferenciar preços ou oferecer um preço claro e final aos seus utilizadores.
Para resolver estes programas, a AMME pretende ainda “promover a liberdade de escolha de origem da energia na Mobilidade Eléctrica (que neste momento tem que ser comprada a um Comercializador do Sector Energético, o que inibe a auto-produção local de energia para vender em carregamentos), e por outro lado uma redefinição clara da classificação dos espaços que têm postos de carregamento e suas obrigações, não apenas de acordo com a sua localização, mas sobretudo de acordo com a sua finalidade”.
A AMME estará disponível para aceitar inscrições de associados nos próximos dias. Se tiver alguma dúvida, encontra os contactos no portal da AMME.
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