Como pagar menos pelo Seguro Multirriscos Habitação

Escrito por Conselhos do Consultor

22.06.21

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5 min de leitura
Seguro Multirriscos

Acha que está a pagar muito pelo seguro da sua casa? Conheça algumas dicas que podem ajudar a reduzir essa despesa.

Ter um crédito à habitação implica, como condição habitual, assumir alguns seguros. O seguro multirriscos, ou o seguro da casa, é um desses seguros que funciona como um reforço de garantia. A habitação está sujeita a um grande grupo de danos que podem acontecer a qualquer momento, a qualquer pessoa. Por essa razão, o seguro da casa tem aqui um papel fundamental ao permitir que se salvaguarde financeiramente caso algo aconteça com a sua casa. Apesar de ser uma grande vantagem, assumir este seguro é sempre mais uma despesa ao final do mês. Por isso, deve procurar perceber se pode reduzir esta despesa. Deixamos-lhe a seguir algumas dicas que podem ajudar nessa tarefa.

Como pagar menos pelo Seguro Multirriscos Habitação

O seguro multirriscos, ou o seguro da casa, existe para proteger eventuais danos na casa ou no seu recheio. No caso de ocorrer algum sinistro, procede-se à indemnização a que tem direito. Dependendo das coberturas que escolher, poderá ficar totalmente seguro de qualquer prejuízo que aconteça com a casa. Contudo, apenas o seguro de incêndio é obrigatório por lei, mas para edifícios constituídos em propriedade horizontal.

Entenda melhor neste artigo como funciona este seguro, quais são as várias coberturas que pode escolher e como deve acioná-lo quando precisar.

Algumas dicas para reduzir o valor do seguro

Em primeiro lugar, como em qualquer outro seguro, precisa de analisar todas as coberturas que contratou. O seguro multirriscos normalmente tem um conjunto de coberturas pré-definidas, sendo possível adicionar outras coberturas complementares. Por isso, o seguro pode ter um vasto leque de coberturas e isso aumenta o valor a pagar. Assim, a primeira coisa a fazer é perceber se realmente precisa de todas as coberturas. Caso tenha outros seguros, é ainda mais importante verificar se não tem coberturas em duplicado. Ou seja, se as coberturas que contratou no seguro multirriscos não estão abrangidas por outro seguro. Se tiver dúvidas, contacte a sua seguradora ou mediador para perceber exatamente o que cobre cada seguro.

Depois, deve perceber como funciona o prémio do seguro multirriscos. O valor do prémio a pagar é calculado em função do valor do capital seguro, que corresponde ao valor máximo de indemnização a pagar pela seguradora, caso ocorra um sinistro. Assim, quanto mais elevado for o valor do capital seguro, maior será o valor do prémio. E qual deve então ser o valor do capital? Segundo a lei, o valor do capital seguro deve corresponder ao custo de mercado de reconstrução do imóvel. Embora não exista uma fórmula exata, pois existem algumas variáveis, é possível chegar a uma valor aproximado através desta fórmula:

 

Custo de mercado de reconstrução do imóvel = Área total bruta do imóvel x Preço da construção da habitação por m2 da zona do imóvel

 

A área total bruta do imóvel corresponde à soma da área bruta privativa acrescida da área bruta dependente (garagem, por exemplo). Na caderneta predial encontra estas informações. Já o preço da construção da habitação por m2 varia consoante a localização do imóvel e é atualizado todos os anos. Em 2021, os preços são os seguintes:

  1. Na zona I: 826,48€
  2. Na zona II: 722,46€
  3. Na zona III: 654,74€

As zonas são divididas desta forma, conforme consta na Portaria n.º353/2013:

Zona I: sedes de distrito (Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu) e também os concelhos de Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Gondomar, Loures, Maia, Matosinhos, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Póvoa de Varzim, Seixal, Sintra, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Vila Nova de Gaia. Também abrange os municípios das Regiões Autónomas.

Zona II: Abrantes, Albufeira, Alenquer, Caldas da Rainha, Chaves, Covilhã, Elvas, Entroncamento, Espinho, Estremoz, Figueira da Foz, Guimarães, Ílhavo, Lagos, Loulé, Olhão, Palmela, Peniche, Peso da Régua, Portimão, Santiago do Cacém, São João da Madeira, Sesimbra, Silves, Sines, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Vila Real de Santo António e Vizela.

Zona III: restantes municípios do continente.

Adicionalmente a esta fórmula, importa referir que o tipo de construção do imóvel também é tido em conta no custo de mercado de reconstrução. Ou seja, são considerados os tipos de materiais usados na construção.

Em alternativa à calculadora, pode usar o simulador SCRIM disponibilizado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Através deste simulador, consegue facilmente chegar a um valor de referência do custo de reconstrução da habitação.

Se o valor do capital seguro que contratou for muito superior ao custo de mercado de reconstrução, então isso significa que provavelmente está a pagar a mais por algo que não lhe traz vantagens. Porquê? Porque, em caso de sinistro, a seguradora não irá assumir uma indeminização muito acima do valor a que está obrigada (o tal custo de mercado de reconstrução do imóvel). Por isso, compare o valor que obteve das contas que fez com o capital que consta no seguro da casa. Se for uma grande diferença, deve contactar a entidade com quem fez o seguro para reverem esse valor. Isso pode significar uma poupança muito significativa.

Por último, para poupar no seguro da casa, não fique pela proposta do banco. Embora precise de ter este seguro quando contrai um crédito à habitação, não é obrigatório aceitar a proposta de seguro do banco. Ou seja, é livre para escolher a opção mais vantajosa para si. Por isso, faça uma pesquisa e compare diferentes opções.

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Leia também: Crédito à Habitação: será que tem o melhor Seguro de Vida?

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