Descubra como utilizar o Plano Poupança Reforma (PPR) para pagar o crédito habitação em 2025. Conheça as regras atuais e as vantagens e desvantagens.
O Plano de Poupança Reforma (PPR) é uma forma de poupar a longo prazo, sendo muitas vezes procurado para criar uma almofada financeira para a reforma. Contudo, o PPR também pode ser uma alternativa para ajudar a pagar o crédito habitação. Nesse caso, é importante conhecer as regras desse resgaste e as vantagens e desvantagens associadas. Em 2025, com o fim do regime excecional em 2024, as regras voltaram ao que vigorava anteriormente, o que significa que há menos possibilidades de resgatar o PPR sem penalização para pagar o crédito.
Como Pagar o Crédito Habitação com PPR em 2025
O valor do PPR pode ser levantado, sem qualquer penalização, em situações específicas. Doença grave, desemprego de longa duração ou idade superior a 60 anos são algumas das situações mais conhecidas. No entanto, desde 2013 que é possível usar o PPR para amortizar as prestações da casa sem qualquer penalização. Para tal, é necessário cumprir as seguintes regras constantes no Decreto-Lei n.º 158/2002:
- O contrato de crédito habitação deve ser destinado a habitação própria e permanente;
- É preciso que tenham passado 5 anos desde que o PPR foi subscrito, ou seja, o reembolso só se aplica a “entregas relativamente às quais já tenham decorrido pelo menos cinco anos”;
- É possível solicitar o reembolso total, depois dos 5 anos, desde que se tenha investido 35% do valor do PPR logo na primeira metade do contrato (ou seja, o valor das entregas realizadas na primeira metade da vigência do contrato deve representar, pelo menos, 35 % da totalidade das entregas).
Importa reforçar que o resgate do PPR é destinado a pagar as prestações do crédito habitação que estejam em atraso ou a pagamento. Ou seja, não se trata aqui de amortizar antecipadamente o crédito habitação.
No caso de realizar o resgate antecipado do PPR fora das condições legais, então há lugar a penalizações e à devolução dos benefícios fiscais (se aplicável).
Qual o procedimento?
O ideal é que procurar o banco e obter informação sobre o procedimento a seguir. O mais comum é que o banco lhe entregue uma declaração com o valor da prestação e o IBAN. Depois, entrega esse documento na instituição onde tem o PPR para que agilizem o pagamento. Se por acaso tem o crédito e o PPR no mesmo banco, o processo deverá ser mais simples. Em todo o caso, é mesmo importante que se informe junto do banco.
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Leia também: Isenção de comissão na amortização antecipada do crédito prolongada para 2025
Usar o PPR para Pagar o Crédito Habitação em 2025 – Sim ou Não?
A decisão de utilizar o PPR para amortizar o crédito habitação deve ser bem ponderada, considerando as vantagens e desvantagens associadas.
Se precisa de um alívio mensal no crédito habitação, então esta é uma opção a considerar. Por outro lado, lembre-se que o objetivo do PPR é criar uma poupança para a reforma, algo que não deve ser desconsiderado. Para além disso, deve avaliar a rentabilidade do PPR porque, se estiver significativamente alta, pode compensar manter a poupança.
A decisão de amortizar o crédito habitação com o PPR dependerá sempre da sua situação atual. O principal cuidado que deve garantir é que cumpre todas as condições legais para evitar penalizações.
Não deixe de assistir a dois vídeos importantes onde explicamos como funciona o pagamento das prestações do crédito habitação com o PPR e como potencializar a rentabilidade do PPR ao pagar o crédito:
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Se o PPR não tiver sido colocado no irs para beneficio fiscal e já tiver mais de 5 anos poderei utiliza-lo para pagar as prestações do CH?
Não tenho de pagar imposto aquando do levantamento?
Tenho 2 creditos (CH+Multifunções) com hipoteca da minha habitação, só posso pagar prestações relativas ao CH e não ao total (CH+MF)?
Tem de pagar imposto apenas sobre as mais valias!
Na desmobilização do PPR é que feita a cobrança das mais valias.
No momento do pagamento da prestação, sai apenas do PPR o valor da prestação, ou a prestação + a taxa liberatória?
Ou estes pagamentos de prestações de CH servem como uma fiscalidade 0 de mais valias?