Carência ou Diferimento de Capital no Crédito Habitação – Como funciona?

Escrito por Conselhos do Consultor

13.03.24

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3 min de leitura
Carência e Diferimento de Capital

A carência ou o diferimento de capital são duas soluções para reduzir a prestação mensal do crédito habitação. Entenda melhor como funcionam.

Depois de contrair um crédito habitação, o expectável é que vá amortizando o valor em dívida através do pagamento de prestações mensais. Essas prestações podem ser constantes, no crédito habitação com taxa fixa, ou variáveis consoante a revisão da Euribor. Esta forma de reembolso é conhecida como a modalidade padrão por ser a mais comum. Contudo, o cliente também pode optar pela carência ou diferimento de capital no caso de precisar de reduzir a prestação mensal de forma temporária, por exemplo.

Carência ou diferimento de capital no Crédito Habitação – Como funciona?

CARÊNCIA DE CAPITAL

A carência de capital nada mais é do que um período no qual o cliente não amortiza o capital do empréstimo e fica apenas a pagar os juros sobre o montante em dívida. Relembramos que a prestação do crédito é composta pela componente de capital e pela componente de juros. Através da carência de capital, o cliente opta por pagar apenas a componente de juros durante alguns meses ou anos. Qual a vantagem disso? Durante esse período a prestação fica mais baixa. Contudo, o cliente não fica isento de pagar o que devia, pelo contrário.

Quando o período de carência de capital terminar, deve entender que:

  • Vai pagar uma prestação mensal mais alta do que num crédito sem carência pois terá que amortizar o capital em dívida num prazo mais curto (quanto maior o período de carência, menor é o prazo que tem para pagar o crédito);
  • O montante total de juros vai ser maior porque durante o período de carência não reduziu o capital em dívida.

Ou seja, o custo total do empréstimo será mais elevado. Contudo, esta pode ser uma solução para aliviar o cliente numa situação financeira mais frágil, como é caso do desemprego, por exemplo. Também pode ser uma opção para quem ainda vai contratar o crédito habitação e precisa de um alívio inicial. Seja qual for o motivo, o importante é estar consciente de como funciona esta opção e quais são as implicações associadas.

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Leia também: Subida dos Juros – Como é que a consolidação de créditos pode ajudar?

DIFERIMENTO DE CAPITAL

No diferimento de capital o cliente adia o reembolso de uma parte do capital para a última prestação do empréstimo. Normalmente essa percentagem varia entre 10 a 30%. Desta forma as prestações ficam mais baixas durante a vigência do empréstimo. Contudo, isso também significa que a última prestação será bastante elevada pois é preciso pagar o capital diferido. Para além disso, o montante total de juros a pagar será maior do que na modalidade de reembolso padrão.

É preciso ter cuidado redobrado com esta opção pois precisa de garantir que tem disponibilidade financeira para pagar a última prestação.

EXEMPLO PRÁTICO

Para entender melhor o impacto da carência ou do diferimento de capital nos juros a pagar, deixamos a seguir um exemplo disponibilizado no portal Todos Contam:

Carência e Diferimento de Capital

Exemplo – Reembolsar um empréstimo à habitação (disponível em todoscontam.pt)

Como já vimos anteriormente, as opções de carência ou diferimento implicam um maior total de juros a pagar comparativamente à modalidade de pagamento padrão. Neste exemplo, na carência de capital a diferença é de 1.311 euros comparativamente à modalidade padrão. Já com o diferimento de capital o cliente pagaria mais 15.778 euros.

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O conteúdo apresentado não substitui a necessidade de consultar entidades especializadas no assunto.

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