Hortas Comunitárias – Alimentação mais económica e saudável

Escrito por Conselhos do Consultor

25.11.22

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4 min de leitura

Já ouviu falar das hortas comunitárias? Através destes espaços pode conseguir alimentos de uma forma mais económica.

O ano 2022 trouxe um aumento significativo do custo de vida para os portugueses. Por essa razão, é cada vez mais importante falar de poupança, especialmente nos gastos mais frequentes como os bens alimentares. A subida dos preços dos bens alimentares faz-se sentir todas as semanas e é algo preocupante para uma grande parte das famílias. Sobre isso, as hortas comunitárias podem ser uma boa ajuda.

Como funcionam as hortas comunitárias?

As hortas comunitárias foram surgindo em Portugal através de projetos municipais. Estes espaços destinam-se ao cultivo de produtos alimentares biológicos e mais saudáveis, onde se incluem os legumes e frutas. Para tal, a pessoa que tem acesso à horta comunitária fica responsável por cultivar os seus próprios alimentos no espaço que lhe foi cedido. E quais são as vantagens disso? 

  • Acesso a alimentos mais saudáveis, frescos e económicos, comparativamente aos comprados nas superfícies comerciais. Isto é especialmente importante para as famílias que vivem em habitações sem qualquer espaço de cultivo e enfrentam dificuldades financeiras;
  • Aumento do rendimento familiar: as hortas também podem servir como complemento ao rendimento da família, caso decidam vender os alimentos cultivados;
  • Requalificação de espaços abandonados e desocupados;
  • Promoção da sustentabilidade e boas práticas ambientais.

Apesar das hortas comunitárias já estarem presentes em vários municípios, também já é possível encontrar estes espaços criados por entidades públicas e privadas, como é o caso das escolas ou das empresas.

Como ter acesso às hortas comunitárias?

Em primeiro lugar, deve informar-se junto do seu município se existe alguma horta comunitária na sua zona de residência. Depois, deve informar-se das condições de acesso. Numa grande parte das hortas, o acesso é gratuito ou mediante o pagamento de um valor simbólico. Contudo, nem todas as pessoas do concelho podem aceder às hortas pois as inscrições estão limitadas ao número de lotes disponíveis para o cultivo.

Para além disso, deve ainda informar-se das regras de utilização. É comum que os municípios promovam a formação em agricultura biológica e compostagem para garantir que os espaços sejam aproveitados da melhor forma. Já dentro do seu espaço na horta, pode ser possível beneficiar do acesso à água, um compostor e ainda um espaço comum para guardar os seus instrumentos de trabalho. Estes benefícios variam de horta para horta.

Em todo o caso, e tal como já referimos, deve sempre informar-se das regras aplicáveis junto do seu município ou qualquer outra entidade responsável pela horta comunitária.

Exemplo de horta comunitária – LIPOR

LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, tem o projeto “Horta à Porta”, operacionalizado em diferentes municípios. Através deste projeto são disponibilizados talhões (espaços delimitados para o cultivo) a qualquer cidadão maior de 18 anos. Para tal, é necessário apresentar candidatura através deste formulário.

Sobre a seleção dos candidatos, a LIPOR esclarece que são utilizados critérios específicos para cada horta (por exemplo, residência no município da localização da horta, proximidade à horta, número de inscrição, etc). Relativamente aos direitos e deveres dos inscritos, a LIPOR esclarece que:

  • É garantida a formação em agricultura urbana, sendo esta obrigatória para manter a inscrição;
  • O espaço cedido é destinado à prática de uma agricultura em modo biológico/sustentável, inserido num espaço delimitado e com ponto de água de utilização comum disponível;
  • É disponibilizado um compostor individual ou comunitário, pertencentes ao talhão ou horta. O compostor deve ser utilizado para fazer compostagem e usar o produto final na horta;
  • Sempre que exista, é disponibilizado um local individual ou coletivo de armazenamento de pequenas alfaias agrícolas;
  • Se aplicável, o inscrito deve liquidar os encargos associados à utilização da horta;
  • Respeitar todas as regras para manter o bem-estar social na hora. Por exemplo: desligar a água, cumprir os horários de abertura/fecho, não fazer queimadas, manter o espaço limpo, não plantar árvores de fruto, não levar animais de estimação, entre muitas outras regras.

Para conhecer em detalhe como funciona o projeto “Horta à Porta”, consulte o documento normativo da LIPOR.

Outros exemplos de hortas comunitárias:

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