A União Europeia propôs um kit de emergência de 72 horas a todos os Estados-membros. Conheça a lista dos produtos recomendados.
O recente apagão que afetou Portugal no dia 28 de abril de 2025 serviu como um aviso da importância de estarmos preparados para situações inesperadas. A União Europeia tem reforçado a necessidade de cada cidadão possuir um kit de emergência capaz de garantir a sua sobrevivência e bem-estar durante as primeiras 72 horas em qualquer situação de emergência ou crise. Neste artigo explicamos-lhe em que consiste esse kit e quais as principais recomendações para geri-lo da melhor forma.
Kit de Emergência da União Europeia – Qual a utilidade?
A União Europeia emitiu a recomendação de kit de emergência para dar resposta ao aumento das situações de risco e ameaça que se têm verificado, tanto naturais como provocadas pelo ser humano:
- Desastres naturais: inundações, incêndios florestais, sismos e fenómenos meteorológicos extremos agravados pelas alterações climáticas;
- Desastres provocados pelo ser humano, como acidentes industriais ou falhas tecnológicas;
- Crises geopolíticas: conflitos armados, incluindo a possibilidade de agressão armada contra Estados-Membros;
- Ameaças híbridas: ciberataques, campanhas de desinformação, sabotagem de infraestruturas críticas.
Para além disso, este kit também salvaguarda as famílias perante algum sinistro individual na sua própria habitação.
O que deve incluir o kit de emergência?
A União Europeia não divulgou uma lista detalhada dos produtos a incluir no kit, focando-se nas recomendações associadas a esse kit. Contudo, é possível enumerar alguns dos principais produtos.
Com base nas recomendações da União Europeia, Cruz Vermelha Portuguesa e de outras autoridades locais, como é o caso do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, estes são os principais bens que deve incluir no kit de emergência:
- Medicação essencial e estojo de primeiros socorros (pensos, compressas, desinfetantes, analgésicos, fita adesiva, tesoura, paracetamol, anti-diarreicos/laxantes, entre outros produtos);
- Alimentos não perecíveis, como por exemplo: conservas, barras energéticas, cereais, frutos secos, bolachas, bebidas energéticas, entre outros.
- Água potável (a quantidade recomendada é variável, mas tente armazenar pelo menos 3 a 4 litros de água por dia/pessoa);
- Manta, cobertor ou roupa quente;
- Produtos para bebé (por exemplo: boiões de fruta, papas, fraldas, toalhitas…);
- Lanterna;
- Rádio a pilhas (importante para obter informações caso a energia falhe).
- Powerbank carregada e carregador do telemóvel;
- Pilhas e baterias;
- Velas e fósforos ou isqueiro;
- Algum dinheiro em numerário;
- Apito;
- Canivete suíço;
- Reserva de alimentos para animais de estimação;
- Artigos de higiene pessoal;
- Uma lista com os contactos de emergência, familiares e amigos;
- Cópia de documentos importantes (identificação, receitas médicas…).
Considere armazenar alimentos e água para, pelo menos, 72 horas (3 dias), conforme a recomendação da União Europeia.
Personalize este kit às suas necessidades!
Todas as famílias têm necessidades diferentes. A composição deste kit é uma recomendação para todos os cidadãos no geral. Contudo, há famílias que têm outras necessidades que devem ser acauteladas, especialmente se existir alguma doença ou restrição alimentar. Idosos e crianças, em especial os bebés, requerem especial atenção na constituição do kit.
Para além disso, também é necessário adequar o kit ao país e às variáveis como o clima ou ameaças mais prováveis.
Onde guardar o kit de emergência?
O ideal é que o kit seja guardado num local de fácil acesso, protegido da humidade e do calor. Para além disso, é importante que todos os membros da família saibam da existência do kit e tenham acesso a esse local.
Para ser mais fácil gerir o kit, o nosso conselho é que separe o kit numa caixa ou mochila e a identifique com letras grandes. É importante manter os produtos todos juntos e organizados para evitar que sejam consumidos ou utilizados. Ao empilhar os produtos alimentares, tenha o cuidado de organizar os produtos consoante a data de validade. Deixar a data de validade bem visível também é uma boa estratégia para facilitar o controlo dos alimentos.
Como manter e atualizar o kit?
Como não sabemos quando vamos precisar de utilizar o kit de emergência, é importante seguir alguns cuidados para mantê-lo totalmente funcional e pronto a utilizar:
- Verificar pontualmente a validade dos medicamentos e dos alimentos;
- Testar os equipamentos eletrónicos para confirmar se continuam funcionais. No caso das pilhas, é recomendado que as vá substituindo;
- Atualizar a lista de contactos e os documentos;
- Atualizar o kit conforme as necessidades dos membros da família que, naturalmente, podem-se alterar ao longo do tempo.
Vá além do kit de emergência!
Para além do kit de emergência, é importante ter outros cuidados preventivos, como por exemplo:
- Verificar se existem fontes ou outras opções para o reabastecimento de água perto da habitação;
- Anotar os contactos úteis para as diferentes situações de emergência;
- Procurar informação sobre como agir perante uma catástrofe natural. Por exemplo: consultar o guia da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) sobre como agir perante um sismo;
- Ter um curso de primeiros socorros pode ser (muito) útil;
- Envolver e instruir as crianças para que saibam agir perante uma situação de emergência.
Kit de Emergência da União Europeia – Prevenir nunca é demais!
Constituir e manter um kit de emergência é algo muito simples e não requer um grande investimento de tempo ou dinheiro. Por isso, não hesite em fazê-lo pois estará a garantir alguma segurança e tranquilidade para a sua família durante uma situação de crise.
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Isso e ter um alojamento onde se consiga guardar o tal kit. Porque nos alojamentos disponíveis nos dias que correm só se consegue ter uma cama e pouco +