Fundo de Emergência- Como criar? Qual o valor a poupar?

ubizzium
2025-02-12
10 minutos
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Criar Fundo de Emergência

Despesas inesperadas, uma situação de desemprego ou até de doença podem abalar a vida financeira de um dia para o outro. Ter um fundo de emergência pode fazer a diferença nesses momentos.

Nunca sabemos quando uma adversidade nos vai bater à porta. Por essa razão, é importante ter uma atitude proativa no que toca à vida financeira, garantindo assim segurança e estabilidade. O fundo de emergência é um bom exemplo dessa preparação pois permite suportar financeiramente esses momentos inesperados. Se ainda não tem um fundo de emergência ou se tem dúvidas sobre como criar um, neste artigo deixamos-lhe algumas dicas úteis e fáceis de aplicar.

Fundo de Emergência – Porque é tão essencial?

As adversidades e os momentos inesperados podem surgir quando menos se espera. Problemas no emprego, saúde, avarias no automóvel ou em casa são apenas alguns exemplos de imprevistos que podem abalar a sua vida financeira. Criar um fundo de emergência permite-lhe preparar as suas finanças para essas situações inesperadas. Esse fundo nada mais é do que um determinado montante que está guardado, mas que deve estar facilmente acessível. Esse fundo permite-lhe:

  • Evitar dívidas: sem esta reserva financeira, poderá ter que recorrer a créditos para suportar eventuais despesas que surjam;
  • Preservar os produtos de poupança e investimento: o fundo evita que precise de mexer noutras poupanças e investimentos que tenha;
  • Ter segurança e evitar as situações de ansiedade caso algo aconteça. Com um fundo de emergência, fica mais fácil gerir emocionalmente as situações inesperadas.

Qual o montante ideal?

Não existe uma resposta 100% correta pois o valor do fundo de emergência também depende da sua situação pessoal. Alguns especialistas recomendam guardar uma quantia equivalente a 3 a 6 meses do valor despesas mensais (renda, alimentação, créditos, despesas com eletricidade, luz ou telecomunicações…). Ou seja, se as suas despesas mensais forem de 1.000€, deverá ter entre 3.000€ e 6.000€ no fundo de emergência. Por outro lado, o valor do fundo de emergência também pode ser o equivalente a 3 ou 6 meses do valor do salário fixo, e não das despesas. Claro que, se tiver uma situação financeira estável, pode poupar até 12 meses.

O importante a reter aqui é que o valor ideal será sempre aquele que se adequa ao seu caso em particular. Há vários fatores que influenciam a necessidade de ter um fundo mais ou menos robusto: filhos dependentes, emprego instável, crédito habitação ou outros créditos, renda da casa… Tudo isto deve ser ponderado na decisão do montante a poupar.

Como criar um Fundo de Emergência?

1) Defina o valor ideal e estipule algumas metas

A primeira coisa a fazer é perceber qual é o valor que precisa para o fundo de emergência. Como já explicamos anteriormente, pode considerar o valor das despesas ou dos rendimentos e multiplicá-lo pelo número de vezes que acha ser o mais adequado ao seu caso.

O importante aqui é ter uma meta a atingir, de valor e também de espaço temporal. Defina uma data concreta para finalizar o fundo de emergência.

Uma boa dica é olhar para essa poupança como outra despesa fixa, tornando-a numa obrigação que deve cumprir mensalmente. Também pode e deve definir qual a percentagem que quer retirar mensalmente.

2) Calcule o valor das despesas mensais e do rendimento disponível

Para saber quanto precisa de guardar para o seu fundo de emergência, precisa de conhecer em detalhe todas as suas despesas. Se já tem um orçamento familiar organizado, fica mais fácil fazer essa consulta. Em todo o caso, deve começar por separar as despesas em fixas e variáveis. Nas despesas fixas encontra por exemplo a renda da casa, créditos, seguros, mensalidade do ginásio, entre outras com valor fixo mensal. Nas variáveis encontra então a conta da água, luz, supermercado, combustíveis e por aí fora.

Conhecidas as despesas, importa contabilizar o valor dos seus rendimentos. Aos rendimentos deve retirar o valor das despesas que calculou anteriormente. Caso não tenha nenhum produto de poupança ou investimento, então o que sobra deve ser alocado ao fundo da emergência. Não tem que necessariamente dedicá-lo todo ao fundo de emergência. Contudo, deve fazer um esforço inicial para dedicar uma boa parte desse valor. Lembre-se que, depois de ter o fundo finalizado, volta a ficar com esse dinheiro disponível.

3) Defina objetivos de poupança (se necessário)

Se a diferença entre os rendimentos e as despesas é favorável, então é sinal que tem uma boa margem para constituir o seu fundo de emergência. Contudo, na grande maioria dos casos, isso não acontece. Por essa razão, é necessário adotar algumas estratégias para conseguir ir colocando algum dinheiro de lado.

Olhe para as despesas e perceba se existe a possibilidade de eliminar ou reduzir alguma. Mesmo que sejam apenas 20 euros, já é um bom começo.

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4) Decida onde guardar o fundo de emergência

A primeira regra é separar esse fundo da sua conta-corrente habitual. Assim, evita cair na tentação de ir gastando esse dinheiro. Depois, lembre-se que o objetivo do fundo de emergência é ter essa quantia de dinheiro disponível para qualquer imprevisto. Por isso, só faz sentido colocá-lo numa conta à qual seja fácil aceder, sem penalizações.

5) Automatize o processo de poupança

Para ser mais fácil cumprir o seu objetivo, o ideal é dar ordem automática para transferir a percentagem que definiu do rendimento todos os meses. Assim, estará a garantir que cumpre o seu objetivo e que o dinheiro não é gasto noutras despesas.

6) Reforce o fundo sempre que possível

Sempre que receber alguma rendimento extra, aproveite para colocar no fundo de emergência. Falamos, por exemplo, dos subsídios de férias ou Natal, reembolsos fiscais (IRS), prémios laborais ou até simples prendas monetárias.

7) Faça uma avaliação regular do valor do fundo

A vida pessoal, familiar e profissional não é estática. Por isso, é preciso adequar o valor do fundo à medida que vão surgindo mudanças significativas como novas despesas ou o aumento ou redução do rendimento disponível.

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Leia também: 8 Dicas para poupar dinheiro nos Seguros

Fundo de Emergência – O importante é começar!

Acabou de ler o nosso artigo e acha que será difícil conseguir poupar o equivalente a 3, 6 ou 12 meses das suas despesas mensais? Não há problema. Poupe o que conseguir! Mesmo que só consiga um fundo equivalente a 2 meses, isso já lhe dará alguma segurança. Contudo, o nosso conselho é que estabeleça sempre o objetivo de ir aumentando essa poupança. Definir um objetivo claro não só ajuda a manter o foco, mas também cria uma pressão positiva para agir. Sem um objetivo concreto, é fácil deixar o tempo passar sem nada fazer.

Lembre-se: o mais importante é começar!

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O conteúdo apresentado não substitui a necessidade de consultar entidades especializadas no assunto.

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