Como escolher a melhor proposta de Crédito à Habitação?

Escrito por Conselhos do Consultor

19.02.24

}
7 min de leitura
Crédito à Habitação - Escolher a melhor proposta

Encontrar a melhor proposta de crédito à habitação pode ser um desafio. Conheça algumas dicas que podem ajudar!

Comprar casa é um objetivo de muitas famílias. Contudo, é cada vez mais difícil concretizar esse objetivo devido aumento das taxas de juro e aos preços que se verificam no mercado imobiliário. Por essa razão, é essencial garantir que faz uma boa escolha antes de avançar. Lembre-se que um crédito à habitação é um encargo a longo prazo e muito significativo para o orçamento familiar.

Neste artigo deixamos-lhe algumas dicas para conseguir comparar e escolher a proposta de crédito à habitação mais vantajosa.

COMO ESCOLHER A MELHOR PROPOSTA DE CRÉDITO À HABITAÇÃO?

1) Compare os custos totais das diferentes propostas

A primeira dica parece óbvia, mas será que sabe exatamente como comparar os custos totais de uma proposta de crédito? Quando pede um crédito à habitação, não paga apenas pelo valor do empréstimo e os juros associados. Existem outros encargos adicionais que têm um grande impacto no custo total. E é aqui que entram dois indicadores importantes:

  1. TAEG (Taxa Anual de Encargos efetivos Globais)
  2. MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor)

Estes dois indicadores refletem todos os custos do crédito como juros, comissões, seguros e outros encargos associados. Mas então em que diferem estes indicadores? De uma forma resumida, a TAEG expressa todos os custos do crédito em percentagem anual (ou seja, aglomera todos os encargos associados ao crédito). Já o MTIC representa o valor global a pagar pelo empréstimo (montante total do empréstimo + todos os encargos associados).

Pode utilizar a TAEG e o MTIC para comparar as diferentes propostas de crédito à habitação. Mas atenção: deve comparar propostas para o mesmo montante, prazo e modalidade de reembolso. Contudo, não se esqueça que é necessário analisar todas as condições associadas. Ou seja, não deve apenas olhar para a TAEG o MTIC para tomar uma decisão final. Por exemplo: uma determinada proposta pode ter a TAEG mais baixa, mas o seguro de vida não ter a melhor cobertura. Por isso, a TAEG e o MTIC só seriam 100% fiáveis em comparações de propostas de crédito 100% idênticas, o que pode ser difícil de conseguir.

Pode encontrar a TAEG e o MTIC na FINE (Ficha de Informação Normalizada Europeia), que é um documento que contém todas as informações sobre o crédito em questão.

_

Leia também: TAN, TAEG e MTIC no Crédito Habitação – Qual é a diferença?

2) Tenha atenção ao prazo do empréstimo

Não existe uma resposta certa para o “melhor prazo” para o crédito à habitação. Neste caso, depende muito sua situação atual. Contudo, o que deve saber é que: créditos com prazos mais longos têm prestações mais baixas, mas são geralmente mais caros. Porquê? Porque quando o prazo é mais longo, significa que estará mais tempo a pagar encargos como os juros, por exemplo. Ainda assim, pode ser mais conveniente optar pela prestação mensal mais reduzida.

Neste caso, pode e deve pedir ao banco que lhe apresente o impacto de diferentes prazos no valor da prestação mensal, no montante total de juros e outros custos a pagar. 

Não se esqueça também que, desde 2022, estão em vigor os novos limites à maturidade máxima das novas operações de crédito à habitação em função da idade:

  • Clientes até aos 30 anos: prazo máximo deve ser de 40 anos;
  • Clientes com mais de 30 anos e até aos 35 (inclusive): prazo máximo deve ser de 37 anos;
  • Clientes com mais de 35 anos: prazo máximo deve ser de 35 anos.

_

Leia também: Tem mais de 30 anos? Conheça os novos prazos do Crédito Habitação

3) Perceba o impacto da escolha entre taxa fixa, variável ou mista.

Tal como no prazo do crédito, sobre as diferentes taxas de juro também não há uma resposta certa e universal sobre qual é a mais vantajosa. O importante é perceber como funcionam, como podem evoluir ao longo do tempo e o impacto que têm na prestação a pagar.

  • Taxa fixa: a taxa de juro é acordada inicialmente e mantém-se sempre igual durante todo o prazo do contrato.
  • Taxa variável: aqui a taxa resulta da soma do spread e do indexante (Euribor). Isto significa que a prestação do crédito varia consoante as oscilações das taxas Euribor;
  • Taxa mista: nos créditos s a taxa mista, a taxa de juro é, num determinado momento, fixa, e noutro, variável.

Neste análise, deve também ter em conta a sua tolerância à incerteza. Para algumas famílias pode ser mais vantajoso optar por uma taxa que garanta estabilidade e que não oscile consoante o mercado, mesmo que isso signifique pagar um pouco mais.

_

Leia também: Taxa fixa, variável ou mista no crédito habitação – Qual é a diferença?

4) Compare as vantagens/desvantagens da aquisição de outros produtos

É frequente que os bancos sugiram a aquisição de outros produtos financeiros como forma de reduzir o spread e outros custos (são as chamadas “vendas facultativas”). Entre esses produtos pode estar os cartões de crédito ou a domiciliação do vencimento na conta à ordem, por exemplo. Contudo, esses produtos também podem trazer mais custos. E é neste ponto que deve ter atenção. Será que os custos com esses produtos compensam a redução do spread? E o que acontece caso queira desistir dos produtos durante o contrato de crédito à habitação?

O Banco de Portugal explica que “se, durante a vigência do contrato de crédito, o cliente quiser desistir dos produtos que adquiriu, a instituição pode aumentar o spread do crédito, de acordo com o que estiver previsto no respetivo contrato. Mas esse aumento só pode ocorrer no prazo de um ano. Após um ano, a instituição de crédito não pode aumentar o spread com esse fundamento.”

Por isso, deve informar-se junto dos diferentes bancos sobre:

  • Os benefícios e os custos destes produtos;
  • O impacto da desistência destes produtos durante o prazo do empréstimo.

_

Leia também: Procurar Casa ou Crédito Habitação – Qual o primeiro passo?

5) Faça o Curso de Crédito à Habitação

Perceber como funciona o crédito habitação pode ser algo complexo, mas é essencial para encontrar a proposta mais vantajosa. Aconselhamos que faça o nosso Curso de Crédito  à Habitação. Este curso exploras as várias fases do processo de contratação do crédito e, para já, ainda é gratuito. Por isso, não deixe de aproveitar esta oportunidade. Com o conhecimento “na mão”, é mais fácil conseguir comparar as diferentes propostas e negociar com os bancos.

_

Leia também: Crédito Habitação – Quais são os documentos necessários?

6) Peça ajuda!

Mesmo com toda a informação disponível, analisar as diferentes propostas e condições pode levantar várias dúvidas. Para além disso, nem sempre é fácil negociar com os bancos. Nestes casos, o nosso conselho é que peça ajuda a um profissional especializado, como é o caso dos intermediários de crédito. Os intermediários de crédito participam diretamente no processo de concessão de crédito com o objetivo de alcançar um entendimento entre o cliente e o banco. São por isso uma ajuda essencial para conseguir a proposta mais vantajosa.

Se precisar de ajuda, pode começar por pedir uma simulação gratuita para receber uma proposta de crédito à habitação dos nossos parceiros. 

 

Por fim, o nosso último conselho é que assista aos episódios dos 3 Consultores sobre este tema:

_

O conteúdo apresentado não substitui a necessidade de consultar entidades especializadas no assunto.

Quer receber os nossos artigos em primeira mão? Junte-se ao nosso grupo de WhatsApp ou Telegram!

Siga-nos nas Redes Sociais

Para si | Artigos Recentes

Comentar

Outros Conselhos do Consultor

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *